Gosta de RPG? Curte jogos que envolvem fantasia, sci-fi e super-heróis? Então esse post é, certamente, para você. Monte Cook, criador do RPG de sucesso Numenera, não perdeu tempo em criar um novo game da categoria, o The Strange. Com algumas semelhanças quando comparado ao game anterior, o The Strange usa o Cypher System como regra, viabilizado por meio de uma campanha de financiamento coletivo que foi lançada no Kickstarter em 2013 e, em menos de 24 horas, alcançou o valor de financiamento.
O jogo, aclamado pela crítica, concorreu como Melhor cenário e Melhor Jogo no Ennie Awards 2015, que é algo como um Oscar para os games, e ganhou a categoria prata nas duas categorias.
Desenvolvido por Bruce R. Cordell e Monte Cook, dois game designers da Monte Cook Games, o jogo conta com um livro de regras de 416 páginas com capa dura, mapa de dupla face colorido, indo e bastante ilustrado. Existe o Guia do Jogador, mas a Monte Cook Games lançou ainda o romance “Tales of The Strange”, “When Worlds Collide: Converting Numenera and The Strange”, que são um guia de conversão para o RPG Numenera, bestiário, três aventuras, algumas expansões e um livro com character options.
Mas vamos falar sobre o jogo? Trata-se de um ambiente de um planeta Terra bastante semelhante ao mundo em que vivemos, mas com alguns segredos escondidos. Nesse mundo, foi descoberta uma rede alienígena de energia escura que é chamada de The Strange. Ainda conhecida por poucos, a rede permite que os usuários da energia consigam acessar uma grande variedade de recursions que envolvem mundos paralelos, limitados e únicos que contam com perigos, inimigos, regras e leis próprias. Já dá para imaginar as grandes aventuras que esse RPG vai nos proporcionar, não é mesmo?
Nesse jogo, o mais importante é a interpretação e a interação entre os personagens, apesar de, é claro, as regras serem essenciais, já que formam a estrutura que carrega o jogo em si, além da história desenvolvida pelo GM e pelos personagens.
O livro que vai ajudar a jogar, é dividido em cinco partes que nos movem nesse mundo fantástico. A primeira parte é onde vamos conhecer o cenário do jogo e conhecer as informações necessárias, além daquelas que podem ser passadas pelo GM ao resto dos jogadores. A segunda parte, por sua vez, remete aos conceitos do Cypher System e a criação dos personagens, e a terceira, conta como o jogo realmente funciona: suas regras e a movimentação entre os recursions, que são as regiões estáveis do interior do The Strange – Translation. A quarta parte permite que a gente fique mais por dentro do cenário, conhecendo mais sobre a forma como as Translations conectam-se com a Terra e com a Rede, entre muitas outras coisas. Por fim, a quinta parte mostra as criaturas do mundo fantástico, assim como os NPCs mais comuns, e na sexta são listados os itens (cyphers) que são originados na rede, além de seus poderes e características.
Ao final do livro, ainda encontramos a aventura pronta que apresenta sugestões para os jogadores, a “The Curious Case of Tom Mallard”, e também uma explicação de onde os criadores acharam as inspirações para o desenvolvimento do game e o glossário.
E aí, gostou? Quem aí já jogou The Strange? Conta para a gente como foi a sua aventura!